quarta-feira, 29 de junho de 2011

Após 10 anos, Ana Amorim volta atuar no handebol de Blumenau

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Com fotos de divulgação (acervo pessoal da Ana Amorim)


Blumenau – Após 10 anos longe da terra natal, a armadora Ana Amorim, de 28 anos, voltará a vestir a camisa do handebol feminino de Blumenau (Blumenau/Furb/Foz do Brasil), time que a revelou para o mundo. Seu último jogo pelo time ocorreu em 2001, de onde saiu para atuar pela Metodista/São Bernardo. A estreia de Ana deverá ocorrer no dia 12 de julho, na cidade de Santa Maria(RS), na disputa da Copa Brasil, onde a equipe comandada por Sérgio Graciano busca o tetracampeonato.

Apesar dos 10 anos longe das quadras blumenauenses, Ana Amorim tem uma relação muito próxima com a cidade e como os amigos que aqui deixou, especialmente com a comissão técnica. A armadora começou a surgir para o handebol na Escola Barão do Rio Branco, onde foi revelada e começou a disputas Jogos Estudantis da Primavera sob o comando do professor e atual preparador físico do time de Blumenau, Fausto José Steinwandter.

Destaque no time da Barão, com apenas 13 anos começou a treinar no time de Blumenau, com Sérgio Graciano. “Ele dedicou muita e atenção para aperfeiçoar as minhas características de jogo”, comentou a atleta, lembrando que nas categorias menores, Blumenau era praticamente imbatível em todas as competições. Parte do time daquela época atua no time principal. Uma de suas últimas conquistas também é uma das mais significativas para Ana. Foi nos Jogos Abertos de Santa Catarina de 2000, na cidade de Brusque.

A experiência no exterior e Seleção
Após uma temporada na Metodista, onde ajudou o time no vice-campeonato de 2002, Ana Amorim foi para a Macedônia, contratada pelo Kometal Gjorce Petrov, após ter se destacado no Mundial Júnior, atuando pela Seleção Brasileira. Como o time da Macedônia foi vice na Liga dos Campeões da Europa – a competição mais importante do handebol Europeu.

Ana se transferiu para Turquia, onde jogou pelo Uskudar Belediyesi por um ano, conquistando o inédito título da Copa Turca e também o segundo lugar na Liga. Seu último time na Europa, na temporada passada, foi o Alcoa FKC da Hungria. O time húngaro era o oitavo na Liga, fechando em quinto no ano passado, além de ficar em terceiro pela Copa da Hungria.

Pela Seleção, a atleta blumenauense atuou em quase todas as categorias, principalmente pelas categorias cadete e júnior. Coleciona um título Sul Americano com a seleção cadete, onde foi apontada como a melhor lateral-esquerda da competição. Pela Seleção Júnior, Ana obteve três conquistas como o melhor time sul americano e, novamente, eleita a melhor lateral esquerda e artilheira, além de três pan-americanos, com prêmios como destaque. Na categoria, jogou dois Mundiais.

Pela Seleção Adulta, Ana atuou em um Mundial e teve participação nas Olimpíadas de Atenas, em 2004, na Grécia.

O retorno para Blumenau

Ana Amorim não esconde a emoção de poder voltar a vestir a camisa do handebol feminino de Blumenau. “Toda minha história no handebol começou aqui, onde vivi momentos especiais”, resume a atleta, acrescentando que foi por intermédio da modalidade que teve a oportunidade de joga em lugares com cultura e língua diferentes. “Também conheci pessoas que vou levar sempre comigo no coração”, acrescenta.

Foram inúmeros os motivos que motivaram a decisão de voltar ao Brasil, destacando que a principal era auxiliar a família nos negócios. “A princípio, iria encerrar a carreira, até que surgiu a oportunidade de jogar aqui novamente”, revelou.

Foi uma decisão aplaudida por toda equipe de Blumenau, especialmente pelo técnico Sérgio Graciano. “A vinda da Ana é de grande importância. Após sua passagem pela Europa, ela vai poder passar um pouco dessa experiência para o grupo”, relatou o técnico. Graciano comenta que o time irá ganhar mais força defensiva e terá mais alternativas no ataque.

Ana fala com carinho de Graciano, do preparador físico Fausto e de muitas atletas, com quem jogou antes de partir para novos desafios “Aqui em Blumenau vou estar tenho a honra de jogar com meus dois primeiro treinadores, os culpados por tudo isso que ocorreu na minha vida”, se diverte, acrescentando ainda o fato de estar perto da minha família e de poder voltar a sentir o calor da torcida blumenauense. “É o time que vou vestir a camisa com todo meu coração. Espero estar somando com meu jogo, o trabalho lindo que a equipe de Blumenau vem fazendo”, completou.

A estreia de Ana Amorim diante da torcida só poderá ocorrer após a Copa Brasil. Sua liberação ainda depende dos trâmites burocráticos de uma transferência internacional. Mas já sabe qual o número da camisa que vai jogar. Graciano atendeu seu pedido e Ana vai jogar com camisa número 83, ano do seu nascimento.

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